65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Carta Boi - A oferta de gado no segundo semestre

O anúncio do recuo de 10,6% no abate de bovinos no primeiro trimestre, frente ao primeiro trimestre de 2020, ratificou que a oferta de gado está curta neste ano. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as 6,56 milhões de cabeças abatidas foram o menor volume desde 2009, quando os abates foram de 6,49 milhões de bovinos.


O segundo trimestre também foi de oferta curta. Embora os dados oficiais ainda não estejam disponíveis, o mercado do boi gordo firme, mesmo com consumo doméstico calmo, deixou isso claro.


Nesta análise faremos uma comparação entre os abates no primeiro e segundo semestres. Ou seja, o que passou e o que está por vir quanto à oferta de gado, sob uma perspectiva histórica e avaliando o cenário atual.


Variações dos abates de bovinos entre o primeiro e segundo semestres
Considerando o período de 2000 a 2020, analisamos as diferenças de abate no primeiro e segundo semestres, por categoria.


Tais análises foram feitas considerando o período total (2000 a 2020), mas também segregamos em dois grupos, de anos de retenção e descarte de fêmeas, caracterizados por redução ou aumento da participação de vacas e novilhas no abate, frente ao ano anterior.


Na média de todo o período, o abate no segundo semestre foi 4,4% maior comparado à primeira metade do ano. Nos anos de descarte de fêmeas, houve um aumento médio de 7,4% nos abates. Considerando apenas os anos de retenção, como 2021 tem se mostrado, o acréscimo foi de 1,6%. Ou seja, pelo histórico não esperamos aumento importante de oferta na segunda metade do ano.
Em anos de retenção, a oferta de fêmeas, que já é menor de maneira geral, cai mais no segundo semestre que nos demais anos.


Como já são anos de retenção, com menor abate de fêmeas, abates esses que se concentram na primeira metade do ano, poderíamos esperar uma redução menor no segundo semestre.


Uma possível explicação para a queda maior dos abates em anos de retenção
Uma hipótese que pode explicar essa diminuição maior dos abates de fêmeas no segundo semestre em anos de retenção é o fato de que os abates de fêmeas no segundo semestre, quando não em sistemas que focam nessas categorias, é de fazendas que provavelmente não fizeram o diagnóstico de gestação precocemente, ou mesmo não fazem estação de monta.


Em outras palavras, a oferta de fêmeas do segundo semestre pode ter uma participação maior de sistemas menos tecnificados. Destaco que aqui estamos falando que, das fêmeas abatidas no segundo semestre, podemos ter uma parcela maior oriunda de sistemas menos tecnificados, não que todas as fêmeas do período são de tais sistemas.


Seguindo nessa linha de raciocínio, se na segunda metade do ano os sistemas menos tecnificados representam mais, frente ao total de fêmeas, a amplitude dos abates de vacas e novilhas no período tende a ser maior, porque os sistemas com menor produtividade e nível gerencial tendem a sentir mais em seus resultados os anos de baixa ou alta. Em outras palavras, a viabilidade do seu negócio está mais relacionada ao mercado que em sistemas mais apurados.


Com isso, nos anos bons, a retenção acaba sendo mais sentida na oferta do segundo semestre, com recuo maior da oferta de fêmeas, pois o período contém mais gado de fazendas com resultados e fôlego mais dependentes de preços.


Considerações finais
A tendência é que a oferta de gado no segundo semestre não dê folga para a indústria, ainda que a demanda doméstica esteja modesta.


As exportações têm trabalhado em bom patamar, mas com as atenções voltadas ao dólar, que trabalhou abaixo de R$5,00 na segunda metade de junho. Segundo o relatório Focus de 25/6, a expectativa é de que a moeda termine 2021 em R$5,10, um pouco acima do patamar atual. Atenções também a qualquer novidade da situação sanitária na Ásia, onde a peste suína africana não está resolvida.


Para o consumo doméstico, a tendência é de melhoria, com evolução da vacinação e sinais positivos da própria economia. O mesmo relatório Focus traz previsão de crescimento de 5,05% para o PIB (Produto Interno Bruto) este ano, com dez semanas de aumentos consecutivos na expectativa. Além disso, o segundo semestre normalmente é de escoamento melhor.


Para ajudar a desenhar o cenário de oferta no segundo semestre, o confinamento é fundamental.


Entre os fatores de influência, o mercado futuro do boi gordo trabalhou em queda em junho, o que afeta as projeções de resultado da atividade, podendo impactar no volume do segundo giro. No final de junho, os preços futuros do boi gordo têm trabalhado em um campo mais positivo, mas ainda aquém dos picos já registrados. O milho, com as geadas recentes, trabalhou com fortes altas e é mais um fator a ser acompanhado de perto.


Em resumo, não devemos ter oferta confortável de boiadas, com uma demanda doméstica melhorando e exportações provavelmente em bom ritmo.

Notícias
...'É hora de travar um preço para a venda do boi gordo no 2º semestre do ano', alertam analistas Valorizações nos contratos futuros da B3 abrem oportunidade de investir em seguro de preços mínimos para arroba durante o período de entressafra, sugerem especialistas
Preços do boi gordo sobem em SP, sustentando a expectativa de retomada firme da arroba nesta entressafra Segundo a Scot Consultoria, o macho terminado destinado ao mercado paulista voltou a ser negociado na casa de R$ 300/@ (valor bruto e a prazo); bovinos com padrão exportação são negociados por R$ 310/@
Mapa anuncia inversão nas etapas de vacinação contra febre aftosa em dez estados em 2022 Com a medida, a primeira etapa de imunização será em maio para bovinos e bubalinos até 24 meses
Tendência é de queda nos preços do boi gordo, diz especialista O principal motivo da queda na arroba do boi gordo continua sendo a desvalorização do dólar em relação ao real
Diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo encurta em 2021 Apesar de todas as variações que ocorreram no mercado da carne bovina no decorrer de 2021, as cotações da arroba do boi gordo em Mato Grosso ficaram mais próximas dos preços praticados nas praças paulistas – e houve uma maior valorização da proteína do Estado. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo o Im
Estabilidade na praça paulista As escalas dos compradores estão confortáveis, resultando em menor ímpeto de compras nos últimos dias. As cotações dos bovinos destinados ao abate não tiveram alterações quando comparadas ao fechamento do dia anterior (24/1). No noroeste do Paraná, a oferta de animais tem aumentado nos últimos dias, devido à seca que atinge a região, leva
Tendência de baixa nos valores do boi gordo perde força e preços se mantêm firmes Segundo a Safras, o pecuarista ainda se depara com boa capacidade de retenção, consequência das condições favoráveis das pastagens
China libera entrada de carne bovina do Brasil Os embarques para o país asiático estavam suspensos desde o dia 4 de setembro, quando o Brasil identificou e comunicou dois casos atípicos da Encefalopatia Espongiforme Bovina
Boi gordo: frigoríficos começam a armar as estratégias de compra de boiadas após reabertura do mercado chinês Cotações seguem estáveis em SP, segundo apuração da Scot Consultoria; arroba do macho vale R$ 312/@, enquanto a vaca e a novilha prontas para abate são vendidas por 293/@ e R$ 305/@, respectivamente
Com queda do milho, relação de troca boi gordo/grão tem melhora em MT O decréscimo mais intenso nas cotações do milho e do caroço de algodão registrado no comparativo entre os meses de agosto e setembro deste ano possibilitou a melhora da relação de troca entre a arroba de boi gordo e a saca desses produtos em Mato Grosso. De acordo com os dados do boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea
agência dream